A Engenharia no tratamento de peças.
Mais dia, menos dia, o filtro enche e entope. Na verdade, o filtro não é nada mais que um armazém de retenção de fuligem com uma área de filtração entre os 0,4 e 0,7 m2 e cubicagem de 0,75 a 1,5 litros (750 a 1.500cm3). Em circunstâncias normais isto é; com os circuitos de admissão e escape limpos os de gasóleo e óleo em bom estado de funcionamento e manutenção adequada, um filtro de partículas pode fazer a vida útil de um carro.
E então porquê o entupimento prematuro?
Note-se que neste caso, não é um problema do filtro mas sim dos factores ou elementos que o antecede. Tais como:
1 - Regenerações interrompidas ou falta de regenerante (aditivo/serina em alguns casos, ex. nos PSA) e noutros, gasóleo.
2 - Gasóleo no escape ► velas incandescentes ou injectores danificados, bem como á mistura de ar/gasóleo deficientes. 3 - Óleo no escape ► proveniente do turbo (turbinas), dos segmentos ou mesmo colaça estalada. 4 – Água ou refrigerante no escape ► (colaça ou junta danificadas, ou fuga no radiador da EGR, entre outros). Em qualquer das situações referidas em 1, 2, 3 e 4, o catalisador é a primeira peça a ser danificada. Quando sujo, perde as suas características, quer no âmbito do tratamento dos gases, quer na incineração das fuligens pela acção da temperatura. Digamos que, o catalisador sujo resulta no entupimento precoce do filtro, sendo essencial substituir as duas peças quando separadas. Tirar filtro e meter filtro não resolve o sintoma do veículo na generalidade dos casos. É importante, e até diria obrigatório, observar outros elementos da linha dos gases, nomeadamente a EGR, o colector de admissão, os injectores e até eventuais fugas de óleo no turbo. Não esquecer, que o óleo e o gasóleo não queimados são os maiores inimigos do catalisador e consequentemente do filtro. Sujam o catalisador e depositam-se no filtro do lado do escape. Nesta circunstância, não deve nunca fazer-se regenerações forçadas. Pela acção da temperatura, 800 a 1000º, o óleo e o gasóleo inflamam e o filtro queima de forma irremediável. Há casos que, pela proximidade de matérias inflamáveis junto do filtro, existe grande risco de incendiar a viatura. Por isso, defendemos que as regenerações forçadas devem ser evitadas, não se sabendo se há ou não óleo ou gasóleo depositados no filtro. Como já referi atrás, quando um filtro entope precocemente há sempre uma causa e não deve nunca substituir-se sem observação e reparação dessa causa. No caso dos PSA, deve sempre verificar-se os níveis da serina e substitui-la se for verificado alteração na sua densidade. A lembrar que, nas viaturas imobilizadas por períodos longos e frequentes, que fazem pequenos circuitos ou abastecem aos 5 litros de cada vez, pode ocorrer a alteração física da serina no depósito do gasóleo. Esta, fica densa e pastosa e quando entra no circuito do gasóleo, entope o filtro e pode criar danos na bomba injectora, nos injectores e consequentemente no catalisador e no filtro de partículas. Nestes casos, é conveniente a utilização de um aditivo suplementar, ex.: Volvo Nº. 31405980 ou equivalente. Dosagem e periodicidade, consultar o rótulo do produto. Tirar filtro e meter filtro, como atrás referi, ou fazer regenerações forçadas, é apenas adiar um processo que a curto ou médio prazo trará com certeza, custos elevados para o proprietário. Sabemos que um filtro entupido submete o motor, o turbo e outros elementos a pressões de trabalho nada recomendáveis. Se insistir e o motor não entrar em modo de segurança (safe mode), é muito provável que o turbo parta, que rebentem tubos e que suba o nível do óleo do motor. Neste último caso, o óleo deve ser substituído porque contém gasóleo. A limpeza ou regeneração dos filtros de partículas e catalisadores é hoje um recurso alternativo ao elevado custo destas peças novas. Todavia, há ainda um certo cepticismo e desconfiança generalizados sobre a eficácia deste serviço que em grande parte, resulta de experiências frustradas. Bem fazer (bien faire), como dizem os franceses, requer ciência, tecnologia e conhecimento. Sem estes atributos, é certo defraudar os princípios e o objectivo daquilo que se pretende, bem como criar o descrédito neste serviço. Há já 30 anos, que a Simecor desenvolve estudos e soluções na área do tratamento de superfícies e no tratamento de efluentes. No primeiro caso, é estudada a especificidade da peça, estado físico-químico, dimensões, peso, geometria, contaminantes e quantidades a limpar por hora, dia e mês. Concluído este estudo, são feitos testes de ensaio e, encontrada a melhor solução de custos e benefício é elaborado o projecto e apresentado ao cliente. No segundo caso, tratamento de efluentes, o critério é o mesmo. Nesse projecto é previsto o tipo de máquina ou equipamento e características. Nada se faz ao acaso! Tal como em todos os casos, a limpeza dos filtros de partículas mereceu todo o cuidado e conhecimento adquiridos para que este serviço e a Simecor, mereçam a confiança crescente dos profissionais do ramo automóvel e outros. Os filtros são limpos em três estágios diferentes de tratamento. Durante o processo e mediante o estado da peça, o cliente é informado por telefone sobre as observações a fazer na viatura no sentido de diminuir o tempo de paralisação da mesma. Com a peça, segue um relatório de serviço com a informação sobre as observações feitas e sobre os cuidados de montagem. As nossas soluções e equipamentos, estão por todo o país e em toda a Europa, em grandes e pequenas empresas. A Mecanolav, a Ridel, a Rimex Techniek, a Abras e a CMV estão com a Simecor e juntos podemos encontrar a solução que procura: Máquinas de lavar, máquinas de decapar, equipamentos de tratamento de efluentes e ainda tornos de rectificação de discos de travão montados, máquinas de rectificar faces e máquinas de cravar calços e embraiagens. Cumprimentos,Obrigado pela leitura
Agostinho Pereira